A pesquisa sobre o tema da Interação, desenvolvida na 3a edição de Arte Transversal, resultou na criação de uma forma original em que o espectador-internauta pode intervir nos rumos da performance ao vivo, em tempo real. A série de webvideoperformances interativas PLAYME, um formato híbrido inédito, que trabalha com as linguagens do cinema, da performance e do videogame.
PLAYME narra a experiência de Vik na tentativa de ser aceito numa casa-república onde moram 12 pessoas. O trabalho aborda o processo de construção da subjetividade na negociação com o outro, ou com o grupo pelo qual o sujeito quer ser aceito. Apresentando o protagonista como um avatar (de games), a performance demanda a interação por parte do espectador, que se torna interator, ou seja, cúmplice e coautor das cenas e ações que se apresentam. Ao fazer que as decisões do avatar Vick resultem da votação de inúmeras pessoas, que votam online durante a performance transmitida ao vivo, PLAYME materializa a expressão de uma coletividade, ampliando sua representatividade e multiplicando seus sentidos.
A expressão “to play me” pode ser traduzida por: jogar comigo, brincar comigo, tocar-me, fazer meu papel, me jogar – traduções todas pertinentes à proposta do trabalho.